Lideranças indígenas e tradicionais juntos a equipe do Projeto Biodiverso para evento de lançamento e reunião de Conselho Gestor. Foto: Pacto das Águas.
Na última terça-feira, 16/04, em Aripuanã-MT. Foi criado o Conselho Gestor do Projeto Biodiverso. Estiveram presentes 30 pessoas, representantes das associações, lideranças e caciques das aldeias e comunidades, órgão gestores das áreas e a equipe do projeto Biodiverso.O colegiado formado por lideranças indígenas e comunidades tradicionais, garantirá que os povos da floresta participem ativamente da execução do projeto, avaliando seu andamento em todas as etapas.
“Para nossa comunidade é algo assim muito extraordinário. É a primeira vez que nossa comunidade recebe um projeto tão grande e nós estamos super contentes, super alegres, vai trazer benefícios para toda nossa comunidade,algo que estávamos há muito tempo esperando…” relatou Aldenora Arara, indígena Arara do noroeste do Mato Grosso em sua participação no lançamento do Projeto Biodiverso. Por meio do projeto, realizado pela Organização Pacto das Águas e patrocinado pela Petrobras e Governo Federal, o povo Arara, o povo Rikbaktsa, os Cinta Larga e populações tradicionais, poderão desenvolver tanto as cadeias produtivas, como atuar com outras frentes como a educação ambiental com uma forte atuação com as mulheres.
Evento de lançamento do Projeto Biodiverso e reunião do Conselho Gestor. Foto: Pacto das Águas.
O Biodiverso segue o modelo de governança participativa, baseado na consulta e no diálogo com os povos beneficiários do projeto. Portanto, ele será paritário, formado por representantes indicados pelas próprias áreas (RESEX Guariba-Roosevelt, Terras Indígenas Erikpatsa, Japuíra, Escondido, Aripuanã e Terra Indígena Arara do Rio Branco) e por um representante da Pacto das Águas, promovendo a conservação de 1,4 milhão de hectares da Floresta Amazônica e gerando renda a suas comunidades a partir da floresta em pé.
Com a intenção de mitigar as mudanças climáticas o projeto mantém quatro objetivos principais:
- Desenvolvimento das Cadeia de Valor de Produtos Florestais não Madeireiros – PFNM e da Agricultura de Subsistência;
- Promoção da Inclusão e Empoderamento Feminino;
- Conscientização e Conservação do Meio Ambiente;
- Articulação Institucional e Redes, Autonomia e Gestão dos Povos.