Alunos da Escola Estadual Francisco de Assis conhecendo sobre o bioproduto produzido pelos povos indígenas e tradicionais, a Catanha-da-Amazônia. Foto: Pacto das Águas
Em uma entrevista de rádio, realizada pelo Jornal Mato Grosso no Ar, Sávio Gomes, Vice Presidente da Organização Pacto das Águas e um dos coordenadores do projeto Biodiverso, falou sobre a iniciativa de educação ambiental realizada pelo Biodiverso nos territórios de abrangência do Projeto ou em áreas de amortecimento. O objetivo dessas ações é contribuir para conscientização e conservação do meio ambiente com a realização de oficinas, palestras e vivências socioambientais.
Na Semana Mundial do Meio Ambiente, a iniciativa foi realizada para mais de mil estudantes das Escolas Estaduais São Francisco de Assis e Maria Miranda Araújo, localizadas na região noroeste de Mato Grosso. O evento proporcionou aos estudantes vivenciar a cultura e costumes de povos indígenas e comunidades tradicionais que vivem na região.
Conscientização e conservação Ambiental
“A ação é levar principalmente essa cultura e modelo de vida dos povos originários e tradicionais para esse âmbito da escola. Para que esses alunos possam conhecer uma realidade que está muito próxima deles e que praticamente 90% desses alunos desconhece, que ali naquela região tem uma Terra Indígena e tem uma Reserva Extrativista”, relatou Sávio Gomes, coordenador do Projeto.
Como parte da programação os alunos tiveram um dia de conhecimento sobre essa realidade, com o apoio das educadoras ambientais do projeto e com a presença de representantes de povos tradicionais e indígenas. A atividade se iniciou com uma palestra sobre os Biomas presentes no Mato Grosso, ressaltando sobre a biodiversidade de espécies de flora, enfatizando como a espécie humana também faz parte da natureza em seus aspectos destrutivos, os potenciais regenerativos e de equilíbrio à exemplo dos da diversidade sociocultural.
Ações de educação ambiental com os estudantes das Escolas Estaduais São Francisco de Assis e Maria Miranja Araújo, noroeste de Mato Grosso. Fotos: PACTO DAS ÁGUAS.
Além disso, os representantes dos povos puderam compartilhar suas vivências, diferenças e similaridades do cotidiano ribeirinho e indígena, expondo os seus produtos e trabalho com o manejo socioambiental, curiosidades sobre alimentação e a vivência sustentável em seu ambiente. Assim, foi abordada a importância dos bioprodutos para a conservação da biodiversidade, economia local do território, geração de renda para as famílias, e impacto positivo para as zonas de amortecimento, saúde da região pela ampliação da variedade alimentar com alimentos saudáveis e a importância para manter o equilíbrio climático em tempos de crise climática, causada principalmente pelo desmatamento da floresta.